Já existe calçada desde os povos tribais (como
superfície que servia para execução dos rituais religiosos e de poder) e a
profissão de calceteiro é uma das mais antigas. Destas as mais conhecidas são
as romanas, executadas por escravos. Devido à prática de reaproveitamento da
pedra para novas construções, são poucos os exemplares de calçada antiga que
chegam aos dias de hoje.
A Calçada Portuguesa é considerada arte ou artesanato,
é realmente portuguesa e surgiu pela mão do Rei D. Manuel I por volta do ano
1500.
As primeiras ruas calcetadas surgiram em Lisboa,
mais notavelmente na Rua Nova dos Mercadores, devido às Cartas Régias de 20 de
Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500 assinadas por D. Manuel I.
A Calçada Portuguesa é uma arte que consiste no
calcetamento com pedras de calcário e basalto (de formatos irregulares), de
modo a formar padrões decorativos pelo contraste criado entre as pedras pretas
e brancas.
O conceito da pavimentação encontra-se aliado ao
valor do nacionalismo, que se expressa na busca do passado de signos, factos e
mitos que se considerem marcos fundamentais da história de Portugal.
Deste modo, utilizam-se padrões tipicamente
portugueses relacionados com atividades sócio-económicas: peixes, frutos,
cereais, animais, artesanato e elementos sobre os Descobrimentos Marítimos
(caravelas, sereias, cordas, conchas, ondas do mar, estrelas e esferas
armilares).
Este tipo de calçada rapidamente se espalhou por todo
o país, tendo apurado o sentido artístico, aliado a um conceito de
funcionalidade, originando autênticas obras-primas nas zonas pedonais.
Esta arte já ultrapassa fronteiras, sendo solicitado
mestres calceteiros portugueses para executar e ensinar estes trabalhos no
estrangeiro.
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