sábado, 23 de novembro de 2013

Farol de Vila Real de Santo António



Localiza-se em VRSA, junto ao Rio Guadiana. Constava no Plano Geral de Alumiamento e Balizagem da Costa Marítima Portuguesa de 1866, como um farol de 2ª ordem. Foram os Eng.ºs D. Ricardo Peyroteu e Domingos Tasso de Figueiredo que, em 1884, determinaram a altura do ponto luminoso sobre o terreno.
Após vários estudos para a construção do Farol, prevaleceu o projecto do Eng-º José Joaquim Peres, o qual empregava cimento armado, tornando a construção mais leve e as fundações mais baratas. A autorização para a construção foi dada em 1916 e em 20 de Janeiro de 1923 começou a funcionar.

A torre circular, de cimento armado, de cor branca e com listas horizontais escuras, possui 40 m de altura; a luz era obtida por incandescência de vapor a petróleo e tinha um alcance de 33m.
Ainda hoje possui o equipamento óptico lenticular da Fresnel de terceira ordem com 500mm de distância focal original. Em 1927 é electrificado com motores geradores e em 1947 é ligado à rede pública de electricidade (a máquina da relojoaria que suportava o movimento óptico do aparelho foi substituída por motores eléctricos e a lâmpada por uma de 3000W).
Em 1960, os dínamos foram substituídos por alternadores e foi instalado um elevador de acesso à torre. Em 1983 a lâmpada é substituída por uma de 1000W. Em 1989, o farol é automatizado.
Dispõe ainda de dois pisos para habitação dos faroleiros, depósito de material e outros afins.


Construção do Farol
Construção do Farol, já com o edifício principal quase construído

Construção e pintura do Farol
O Antes... tudo à volta era areia!
O Depois...com a avenida construída!



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Estoi das ruas estreitas…



É uma freguesia do concelho de Faro, que se estende desde a Campina de Faro até aos Cerros de São Miguel, Malhão e Guelhim, constituindo desde os tempos antigos os faróis necessários à navegação, sendo os verdadeiros miradores naturais do litoral algarvio.
Esta vila sempre foi escolhida pelas famílias mais nobres de Faro para residir parte do ano, em que construíam casas apalaçadas. Hoje em dia, é muito visitada por turistas estrangeiros...
A Igreja Matriz é de estilo Renascentista, dotada de majestosas fachadas neoclássicas (projecto do arquitecto Francisco Xavier Fabri, italiano) e rodeada por um conjunto de casas nobres e imponentes, assim como muitas outras espalhadas pela aldeia.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Métodos utilizados para a captura do Polvo

A visita de hoje foi ao Porto de Pesca da Fuzeta, onde ainda se podem verificar algumas embarcações. A zona afecta à pesca localiza-se ao longo de 500m do canal da cidade, que comunica com a Ria Formosa. Pesca-se principalmente o polvo, a pescada, o bivalve, entre outros.
Relativamente ao polvo, os métodos utilizados são os tradicionais, como os alcatruzes e os covos, utilizando a técnica de pesca de armadilha, na qual a presa é atraída pela criação artificial de ambientes similares a locais de abrigo dos quais pode sair livremente. O alcatruz é utilizado como casa ou ninho, por o polvo ser tão territorial e eremita.
O tradicional alcatruz é feito de barro. Hoje em dia este foi substituído por alcatruzes de plástico de forma cilíndrica, que funciona tão bem na pesca do polvo, como o alcatruz tradicional (dizem os pescadores que o polvo gosta das “casas” bem limpinhas, daí o alcatruz de plástico ter que ser limpo após a utilização).
O covo é outro tipo de pesca tradicional utilizada para a captura do polvo. Trata-se de uma armadilha de gaiola, feita com uma armação de ferro coberta por uma rede plástica com malhagem de 8 a 29mm, e uma abertura (andiche) e ainda um pequeno compartimento para colocar o isco (que neste caso pode ser cavala ou sardinha).
Na Primavera-Verão, funcionam melhor os alcatruzes por estes funcionarem como abrigos para as fêmeas na época de reprodução. No Inverno funcionam melhor os covos devido ao facto de os polvos entrarem nestes à procura de alimento, não se encontrando em reprodução.
Relativamente à sua colocação no mar, os alcatruzes não podem ser colocados a uma distância inferior a ½ milha de distância da linha da costa para embarcações até 9m de comprimento, enquanto que com os covos não existem limitações (com o inconveniente que pode matar outras espécies marítimas). Estes últimos são mais utilizados por ser mais eficaz nos objectivos pretendidos.
O modo de abate do polvo é extremamente importante na qualidade final do produto, especialmente na consistência da carne, que se pretende que seja macia. O stress ante mortem determina esta qualidade. Se o polvo for morto logo após a apanha por corte entre os olhos através de uma faca afiada, este vai ser mais tenro e macio.




Barco de pesca de bivalves

O Polvo acabadinho de vir do mar!

Covos e alcatruzes para a captura do polvo
Pôr-do-Sol em Fuzeta





sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Feira de Santa Iria, Faro

A Feira de Santa Iria, situada no Parque de São Francisco em Faro, acontece anualmente na segunda quinzena de Outubro.
Trata-se de uma das feiras mais tradicionais e antigas da região, cuja origem remonta ao ano de 1596. Teve início no reinado de D. Filipe, depois do incêndio que consumiu uma parte da cidade, como consequência do saque realizado pelas tropas inglesas, chefiadas pelo Conde de Essex. A cidade ficou destruída, com os habitantes a tornarem-se vítimas da fome e da peste, por isso a iniciativa de criar esta feira, impulsionando as transacções comerciais.
Inicialmente era uma feira franca, ou seja, os feirantes estavam isentos de pagar impostos. O nome dado à feira tem a ver com o facto da data de realização ter sido marcada para o Dia de Santa Iria (20 de Outubro).
Organizada pela Ambifaro, em parceria com a Câmara Municipal, a feira atrai até Faro muitos visitantes (e também residentes), tornando a cidade mais dinâmica.
Possui uma grande variedade de atracções e motivos de interesse: stands institucionais, exposições gerais, divertimentos para crianças e adultos, comes e bebes, venda de artigos diversos. Existe uma tenda de comes e bebes, onde podemos encontrar "tapas", sopas e sangria regionais, representado por estabelecimentos de vários pontos do país. As tapas são à base de secretos de porco preto, alheira, chouriço, presunto, paios e queijos provenientes de sítios como Arraiolos, Serra da Estrela, Seia, Barrancos, entre outros.















sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Barros e Cerâmica no Mercado Semanal de Quarteira

Em visita ao Mercado Semanal de Quarteira (com uma grande variedade de artigos, desde atoalhados, vestuário, bujigangas, artigos de artesanato, comidas, bebidas,…), encontrámos este vendedor ambulante, o Sr. Francisco José Dias da Silva, acompanhado do seu filho e da sua esposa.
Residente em Mealhas – São Brás de Alportel, este é vendedor de peças de artesanato em barro e cerâmica, desde o mais tradicional até ao mais moderno. “É tudo feito à mão, são peças únicas! Algumas delas sou eu que escolho o desenho que é pintado!”, Diz-nos este vendedor, que adquire todas as peças directamente à fábrica (oleiros do Alentejo, Caldas da Rainha, entre outros). Arte até há pouco tempo em vias de extinção, está de novo a ser impulsionada, graças a pessoas como o Sr. Francisco José da Silva.
Os nossos turistas estrangeiros adquirem muito este tipo de peças, levando depois de recordação para os respectivos países de origem. Assim como os portugueses e os nossos restaurantes tradicionais, que cada vez mais adquirem este tipo de produto.
Os que mais se vendem de momento são os Galos de Barcelos, os assadores de chouriço, as taças e os tachos de barro. O Sr. Francisco possui uma grande variedade de artigos, para além destes.

Possui também artigos para restaurante (pratos para o bife à portuguesa ou para o bitoque e taças para o caldo verde, tachos de vários tamanhos, jarros e copos para vinho tinto, tudo em barro). Pode ser encontrado no Mercado de Quarteira, todas as 3ªs feiras, no Mercado de Vila Nova de Cacela, no de Moncarapacho, no de Castro Marim, entre outros. Estes são alguns dos artigos que o Sr. Francisco José da Silva vende, se não frequentar nenhum destes locais e pretender conhecer ou adquirir as suas peças, contacte o 917820148, ou dirija-se a Mealhas, São Brás de Alportel.